“Tititi no campus” e o nervosismo numérico

“TITITI” NO CAMPUS - Diferente do que sugere nota publicada nesta coluna, no último sábado, a saída de Luiz Celso Giacomini de cargo de confiança da instituição em Brasília, nada teve a ver com a sucessão na reitoria da UFSM.


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As razões, de resto pra lá de justificáveis, têm caráter estritamente pessoal, do professor que assessorava a universidade no Distrito Federal.

 
Feita a necessária ressalva, que se diga: o restante do publicado está ok. Inclusive que o clima anda pesado pelos campi, meses antes da eleição para reitor, no primeiro semestre de 2025. Ah, e que se diga, o atual detentor do cargo, Luciano Schuch, já declarou que não concorre à reeleição.


NERVOSISMO - Em alguns ambientes políticos relevantes, entre eles os corredores do Palacete da Vale Machado (mas não apenas), os números expostos aqui semana passada provocaram certa perturbação, e até alguma inquietação.

 
Menos, gente, bem menos. Afinal, a aritmética também faz parte de uma eleição. Mas não é tudo. Tem a política, que é muito mais relevante. De todo modo, não custa repetir: sem modificação na abstenção (algo possível), se o petista Valdeci Oliveira fizer 6,5 mil votos além dos já feitos no primeiro turno, será o prefeito.

 
Só que não é fácil obtê-los, embora sejam bem menos que os 28 mil necessários a Rodrigo Decimo para que o tucano atinja o mesmo objetivo. Em qualquer dos casos, um ou outro chegaria aos 65 mil votos, número estimado para conquistar a vitória.

 
Quer ver o raciocínio? Vai ao arquivo e releia o texto da semana passada. Ali se explica “tintim” por “tintim” de onde podem vir (ou não) os votos que darão a vitória. A um. Ou ao outro.


ESTULTICE
Corredores do Palacete da Vale Machado dão conta de que Anita Costa Beber, do Podemos, por sua posição no segundo turno, poderia perder os três CCs por ela nomeados via Mesa Diretora da Câmara. Se assim for, além de uma estultice óbvia, de vez que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, seria desgaste eterno por só dois meses de emprego. É brisa tornada ventania. Ou simplesmente burrice.


GAVETAS VAZIAS
Terminado o segundo turno neste domingo, e com a reunião já marcada para segunda-feira, com os futuros parlamentares, começam, na prática, a se esvaziarem as gavetas em vários gabinetes do Legislativo. E não só dos vereadores que não voltam (por decisão pessoal ou das urnas) em 2025. Também os CCs, inclusive da Mesa, mas dependentes dos edis que os indicaram, já passam a tratar do próprio futuro.


TAPETÃO
O pioneiro foi o PDT, que sofreu um revés na primeira instância e vê periclitar sua tentativa de garantir mandato para sua suplente, Luci Duartes, que entraria no lugar de Alice Carvalho, do PSol, ou Marcelo Bisogno, do UB. Agora o alvo é o pedetismo. E quem busca o tapetão são o PL e seu suplente, Jader Maretoli. A razão é outra, uma eventual burla à cota de gênero. Mas o objetivo é o mesmo.


TAPETÃO II
O que querem o PL e Jader, na prática, é eliminar os votos do PDT, com perda do mandato do eleito Luiz Fernando Cuozzo Lemos e recontagem dos válidos. Mudaria o quociente e todos os cálculos seriam refeitos. Imaginam os liberais, claro, que pelo menos uma das vagas possivelmente criadas seria deles. Palpite claudemiriano: não haverá solução antes de 1º de janeiro. Logo, por ora, nada se modifica.


PARA FECHAR!
A elevação da temperatura política em Santa Maria, resvalando para o exagero, nos últimos programas do trololó eletrônico, especialmente nas inserções aleatórias no rádio e na TV, que emboscam o eleitor, tem uma causa visível: o nervosismo de uns e outros, absolutamente inseguros em relação ao resultado do pleito. Detalhe: o efeito até pode ser positivo, se pensa. Mas a imagem que fica não é boa.

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Claudemir Pereira

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